quarta-feira, 31 de outubro de 2012

JAQUARI - RS


Jaguari e seus aspectos históricos 

A região, hoje chamada Jaguari, teve como primeiros habitantes os índios Guaranis, até o início do século XVII.

No ano de 1632, chegaram os padres jesuítas que, em noventa dias, reuniram mil e duzentas famílias. No ano de 1888 foram chegando às primeiras famílias italianas vindas de Silveira Martins, que escolheram sus lotes, no local denominado Chapadão – nome que permaneceu – trazendo com eles ferramentas de lavoura. Em 1889, foi fundado o núcleo colonial Jaguari, de origem Guarani. “Jagua-hy”, que significa Rio do Jaguar. Os italianos foram fixando-se nestas terras e, com muitas dificuldades, colonizando-as, sendo que também colaboraram os imigrantes alemães, húngaros, poloneses, russos e portugueses.


Em 1920, Jaguari se emancipava pelo Decreto Estadual nº 2627, de 16 de agosto. Um novo município surgia, como fruto abnegado do trabalho de seus filhos e do laborioso imigrante. A emancipação veio coroar um largo período de esforços reais em benefício do progresso do Rio Grande do Sul.
O Jaguari de ontem lutou pela terra, pela formação da comunidade, pela religio-sidade de um povo. Lutou contra a solidão e a saudade de uma Pátria distante, contra todas as dificuldades da terra a ser explorada...
O Jaguari de hoje vai em busca do trabalho, do progresso, com aspirações altas nas áreas de educação e cultura, pela afirmação do município no contexto do povo gaúcho, no compromisso com as novas gerações, de passar-lhes o amor a sua origem, a sua experiência, trazida de longínquos rincões, e sua verdadeira missão e colaboração com os demais, em alargar o leque do progresso desta terra.
Jaguari limita-se com os municípios de S. Vicente do Sul, Mata, Jari, Santiago, Nova Esperança do Sul e S. Francisco de Assis e situa-se na região Centro-Oeste do Estado.
Possui clima temperado e relevo bastante acidentado, entremeado de vales, cerros e chapadas, guardando uma das mais belas paisagens da região.Possui uma população de 12.488 hab., destes aproximadamente 50% residem na cidade. Sua base econômica é a agricultura e a pecuária. Constitui-se em um município com potencialidades turísticas invejáveis. “Ao longo de sua história adquiriu alguns cognomes, como: “Terra do Vinho”, Terra da Imigração Italiana”, “Terra da Hospitalidade”, “Terra das Belezas Naturais” e “Terra do Grito do Nativismo Gaúcho de Jaguari”. Estes cognomes mostram o verdadeiro perfil do município quanto as suas potencialidades turísticas, que atraem e cativam os visitantes.
A cidade é cortada pelo Rio do Jaguar, ou Rio das Onças. À sua direita, numa curva entre a mata exuberante, está o Balneário Fernando Schiling. À sua esquerda, também às suas margens, é realizada a festa máxima da cidade, “O Grito”, que acolhe visitantes da região sul. É realizado em plena mata, em um pavilhão que acolhe milhares de pessoas no Clube de Caça e Pesca, que se torna uma verdadeira cidade de lona, tendo infra-estrutura para bem receber o turista sob suas sombras e, à noite, o barulho das cachoeiras unem-se às canções, formando plena harmonia entre as barracas. Do local onde se realiza “O Grito”, vê-se o Obelisco, cerro no qual em 1922 foi erguido no topo um monumento para homenagear o Centenário da Independência do Brasil. Para lá chegar, percorre-se uma trilha que, da base ao cume, atinge 100m de altura e nos leva a passar por 15 marcos entalhados em pedra, representando as estações da Via Sacra, e a Gruta N. Sra. de Lurdes. Dentre seus relevos acidentados apresentam-se inúmeros cerros (São Miguel, que possui marco indicativo das primeiras demarcações do início da colonização; o Chapadão, onde o cultivo da uva é muito desenvolvido; e o São Xavier, que marca o encontro da serra com o campo), furnas e grutas. A mais conhecida destas dista 12 Km da cidade, tem infra-estrutura para realização de suas festas anuais, no mês de fevereiro. Não menos bela, mas ainda não explorada, distante 7 Km da cidade está a do Chapadão, dedicada a Santo Antônio

JAGUARI, município situado na região centro-oeste do Estado, tem muita semelhança com algumas regiões da serra gaúcha, pelo seu relevo e pela cultura italiana predominante, que fizeram desta terra o local hoje conhecido como a cidade das belezas naturais, onde sua população vive num clima de muita harmonia.
Os imigrantes italianos, vindos da colônia de Silveira Martins, logo da sua chegada trataram de plantar videiras, muitas delas trazidas da Itália, para produzir o vinho para consumo familiar. Anos mais tarde, quando a produção alcançou níveis maiores e diante da dificuldade de comercialização e transporte para locais mais distantes, foi fundada a Cooperativa Agrária São José Ltda., em 19/03/1932, com o objetivo de receber o vinho elaborado na propriedade rural, padronizar, embalar e comercializar. Esta prática durou poucos anos. Logo decidiram montar a estrutura para a vinificação dentro da Cooperativa.

Fonte: Prefeitura Municipal de Jaguari
            http://www.rsvirtual.net

sábado, 28 de julho de 2012

Nova Petrópolis - RS

Um pouco sobre . . .

Nova Petrópolis ou também conhecida como o Jardim da Serra Gaúcha foi fundada em 7 de setembro de 1858, abrangendo um vasto território que excedia os limites dos rios Caí e Cadeia, avançando até os limites presumíveis das primeiras Estâncias do Campo de Cima da Serra. Os imigrantes que chegaram a Nova Petrópolis desde 1858, eram na maior parte oriundos dos "Estados Alemães": Pomeranos, Saxões, Renanos e Boêmios do Império Austro-Húngaro. Além disto, alguns franceses das regiões limítrofes franco-germânicos, holandeses, belgas, poloneses, russos até irlandeses e escoceses que haviam fugido dos Estados Unidos devido à Guerra da Sucessão. Estes Imigrantes, apesar de sua heterogeneidade conseguiram resgatar as sua origens históricas para o Município que deram um grande incremento na vida cultural, especialmente no folclore.
Colonizada por imigrantes alemães, Nova Petrópolis cultiva seus costumes com muita força e representatividade. A preservação da língua alemã, as danças e músicas folclóricas, os trajes típicos, a gastronomia germânica e a arquitetura enxaimel perpetuam a identidade trazida pelos desbravadores desta terra.
O potencial naturalmente turístico de Nova Petrópolis aliado à herança histórica e cultural deixada pelos imigrantes alemães motiva os mais diversos eventos. O Verão no Jardim da Serra Gaúcha em janeiro, fevereiro, março, a Magia da Páscoa, na Semana Santa; o Festimalha, em maio; o Festival de Folclore, em agosto; o Festival da Primavera, (Frühlingsfest) em outubro; e o Natal Em Cores, em dezembro, são alguns dos destaques na programação anual do município.
O cenário cinzento e bucólico dos meses de outono e inverno contrasta com o colorido que renasce na primavera e permanece iluminando a cidade durante o verão. As formas, cores e perfumes das flores que compõem as paisagens nova-petropolitanas são atrativos ímpares e encantam visitantes de todas as partes do mundo. Pontos turísticos como o Parque Aldeia do Imigrante, a Praça das Flores, a Torre de Informações Turísticas e o Labirinto Verde retratam a história do município e acolhem turistas com a hospitalidade característica da cidade.Nova Petrópolis detém hoje o título de Jardim da Serra Gaúcha por tratar-se de uma das cidades mais floridas da região, além de possuir exuberantes pontos turísticos naturais, como a Cascata Johann Grings, o Paredão Malakoff, o Labirinto Verde, o Pinheiro Multissecular e a rampa de Vôo Livre Ninho das Águias.
A cultura germânica presente na arquitetura, o sotaque das pessoas e o clima festivo nato nas pessoas de descendência alemã são destaques desta cidade. Atualmente, os visitantes que chegam ao Parque Aldeia do Imigrante, por exemplo, são recepcionados por descendentes tipicamente trajados e por um “alemão” também com vestimentas características e sotaque apurado. Nova Petrópolis conta, ainda, com grupos de danças folclóricas e bandas típicas alemãs que encantam os visitantes.
Preservar e manter os costumes dos colonizadores alemães que desbravaram a Encosta da Serra e tornaram a Província de Nova Petrópolis um cartão-postal é uma grande missão, mas a preservação da cultura germânica tornará possível manter viva a Alemanha brasileira do pequeno município de Nova Petrópolis.

Monumento do Cooperativismo

O Monumento ao Cooperativismo, com sete pessoas, localizado na Praça das Flores, simboliza a essência dos ideais cooperativistas: adesão voluntária e livre, gestão democrática, participação econômica, autonomia e independência, educação, formação e informação, intercooperação e compromisso com a comunidade. Construído pelo artista Gustavo Nagler, o monumento também é uma homenagem à capital Nacional do Cooperativismo e ao centenário da 1ª Cooperativa de Crédito do Brasil (1902-2002). O monumento também simboliza uma frase dita pelo Padre Theodor Amstad (25 de fevereiro de 1900) para definir Cooperativismo: “Pois se uma grande pedra se atravessa no caminho e 20 pessoas querem passar, não o conseguirão se um por um a procuram remover individualmente. Mas se as 20 pessoas se unem e fazem força ao mesmo tempo, sob a orientação de um deles, conseguirão solidariamente afastar a pedra e abrir o caminho para todos.”

sábado, 14 de julho de 2012

ILHEUS - BA

Bar Vesúvio

Foi no Bar Vesúvio que a Gabriela de Jorge Amado serviu aos coronéis do cacau. O bar nunca mais foi o mesmo desde que apareceu como cenário de fundo na obra Gabriela Cravo & Canela. O kibe servido por Gabriela ainda é a especialidade da casa, que completou 100 anos.
Sim, o autor de Gabriela, cravo e canelaDona Flor e seus dois maridos estava nos esperando. Pelo menos foi a impressão que senti quando avistei sua estátua sentada na primeira mesa do bar Vesúvio. O estabelecimento, tombado pela Prefeitura Municipal de Ilhéus e a Casa de Gabriela, vivida e contada por Jorge, tem pratos da culinária nacional e internacional que devem ser saboreados pelos turistas e sinalizados como parada obrigatória nos roteiros turísticos.

Fonte: http://blog.panrotas.com.br
           http://www.malapronta.com.br

domingo, 27 de maio de 2012

CONGRESSOS TRADICIONALISTA GAÙCHO

2012 - Pelotas - RS
59º Congresso Tradicionalista Gaúcho


2011 - Nova Petrópolis-RS
58º Congresso Tradicionalista Gaúcho
 
 
2010 - Lagoa Vermelha-RS
57º Congresso Tradicionalista Gaúcho
 
 
2009 - Canguçu-RS
56º Congresso Tradicionalista Gaúcho
 

 2008 - Santana do Livramento-RS
55º Congresso  Tradicionalista Gaúcho



2007 - Gravataí-RS
53º Congresso Tradicionalista Gaúcho

B A G É - RS

Túmulo de Antonio de Souza Neto

Nascido em Povo Novo, distrito do Município do Rio Grande, a 11 de fevereiro de 1801, provinha de troncos açorianos e paulistas. Seu pai, o estancieiro José de Souza Neto, nascido no Estreito em 1764, era filho de açorianos - Francisco de Souza Soares e dona Ana Alexandra Fernandes; sua mãe, dona Teotônia Bueno da Fonseca, natural de Vacaria, era filha de paulistas descendentes de bandeirantes - Salvador Bueno e dona Inácia Antônia Bueno.
Mas foi em Bagé que Antônio de Souza Neto desenvolveu a maior parte de sua enorme atividade de guerreiro defensor da Liberdade, da República, da dignidade do Brasil Império que ele profundamente amava como sua Pátria, mas detestava como monarquia. E por isso, feita a paz de Poncho Verde a 1º de março de 1845, que pos fim à República Rio-grandense por ele proclamada a 11 de setembro de 1836, destinada a unir-se a todo o Brasil republicano, concordou com os chefes da República que findava para a pacificação do Rio Grande, mas se retirou para Corrientes, República Argentina, exilado voluntário, mas sempre atento às atividades político-sociais do Brasil.
 "Aqui descansam os restos mortais do Brigadeiro Antônio de Souza Neto, falecido na cidade de Corrientes em 10 de julho de 1866". É o que se lê na lápide do mausoléu do proclamador da República Rio-Grandense, no cemitério de Bagé, para onde foram transladados e definitivamente guardados a 29 de dezembro de 1966, ano do centenário de sua morte.
Fonte: http://www.paginadogaucho.com.br/pers/n-souza-neto.htm


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Ruinas de São João Batista

Atual município de Entre-Ijuís

 

A primeira organização urbana ao estilo europeu que ocorreu nas terras entreijuienses foi a Missão Jesuítica-Guarani de São João Batista, fundada em 14 de setembro de 1697, em virtude da explosão demográfica da Missão de São Miguel Arcanjo. Desde esta data o povo de São João desenvolveu a agricultura, construiu seu povoado, esenvolveu-se magistralmente na música atraindo para si índios de várias reduções para instruir-se no canto e em vários tipos de instrumentos. Construiu-se um templo que a julgar pelas plantas da época e mais especificamente pelo relato de seu idealizador o Pe. Antônio Sepp era das mais belas e encantadoras obras arquitetônicas da Província Jesuítica do Paraguai. Também nesta redução temos um fato de fundamental importância, foi aqui que se fundiu o primeiro ferro e aço do sul da América Meridional. Nesta fundição eram construídos sinos, utensílios agrícolas e as ferramentas usadas na fabricação de instrumentos musicais, que eram tão bem executados pelos índios segundo descrição do próprio pe. Antônio Sepp. Na sua fundação, São João Batista contava com 2.832 habitantes; já em 1768 tinha 4.106 habitantes.
Por um longo tempo os Sete Povos das Missões foram administrados por Corregedores nomeados pelos governadores de Buenos Aires, subordinados a Coroa Espanhola. Além dos Corregedores, existiam os Cabildos (semelhante a Câmara Municipal de hoje) que tinham poderes para efetuar a concessão de terras. Aí tiveram origem os latifúndios.
Com a extinção das reduções, já sem jesuítas, índios desgarrados, surgem os Tropeiros e Carreteiros para utilizarem e batizarem o “Passo do IJUÍ”, lugar preferido para “fazerem o meio-dia” ou, o pernoite e depois seguir para o “povo” de Santo Ângelo onde faziam seu comércio..
Em 1824, o governo do Estado mandou para São João Batista diversas famílias de imigrantes alemães que haviam chegado ao Rio Grande do Sul. Os imigrantes não se adaptaram e poucos permaneceram no local. Ficaram residindo no local apenas as famílias de Ernesto Kruel, Carlos Holsbach, Tristão Schmidt. Mais tarde vieram imigrantes italianos e poloneses.
Em 1824, o governo do Estado mandou para São João Batista diversas famílias de imigrantes alemães que haviam chegado ao Rio Grande do Sul. Os imigrantes não se adaptaram e poucos permaneceram no local. Ficaram residindo no local apenas as famílias de Ernesto Kruel, Carlos Holsbach, Tristão Schmidt. Mais tarde vieram imigrantes italianos e poloneses.
A partir daí, começa a história do que hoje é o município de Entre-Ijuís.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Destaque Regional 2011

Troféu Odil Peraça Dutra

Recebi ontem (28/01), em Pinheiro Machado-RS, das mãos do Sr. Erival Bertolini, Presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho - MTGRS, o Troféu Odil Peraça Dutra, como Destaque Regional 2011 em Organização de Eventos.
Fomos reconhecidos pelos patrões da 21ª Região Tradicionalista, que votaram a indicação em Encontro de Patrões. Tal indicação referiu-se a organização do XXI Tchêncontro da Juventude Gaúcha e do 45º Aniversário do MTG, que realizamos em Canguçu nos dias 29 e 30 de Outubro de 2011.
Na verdade apenas lideramos a organização como Presidente da Comissão Executiva, mas graças ao apoio de vários amigos tradicionalistas, da Prefeitura Municipal, através de várias secretarias, de pessoas anônimas que o evento foi o sucesso que foi, onde recebemos representantes de mais de 200 municipios em Canguçu.
Então compartilho com todos os envolvidos esta distinção que recebi e agradeço aos patrões por esta referência.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Teixeirinha - Memória Nacional

Rádio Rural AM 1120


Elizabeth Teixeira, Betha, filha de Teixeirinha, transmitiu ao vivo de Pelotas o seu programa, durante as comemorações e execução do Projeto Teixeirinha Memória Nacional.





Fui convidado para participar do programa, momento que muito me orgulhou e que pude compartilhar um pouco do apreço que tenho pela obra do Gaúcho Coração do Rio Grande.




O pesquisador da vida e obra de Teixeirinha, Francisco (Chico) Cougo, Mestre em História, está comigo na foto durante a entrevista.





Elizabeth Teixeira, transmite de segunda a sábado o programa "Querência Amada", das 20hrs as 22hrs e aos domingos das 12 hrs as 14hrs, o programa "Estúdio Betha", ambos pela Radio Rural AM 1120, com sintonia inclusive pela internet http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=20414&channel=115 e pela parabólica.


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Lagoa Vermelha - RS

Sua História . . . 
A extensão territorial que constitui o município de Lagoa Vermelha fez parte, primitivamente, do município de Santo Antônio da Patrulha. Este  pertencia à freguesia de Nossa Senhora de Oliveira de Vacaria. Os padres jesuítas espanhóis, advindos de possessões da Espanha no Rio da Prata, foram os primeiros povoadores brancos que ali se estabeleceram. Com a fundação dos sete povos das missões, à margem esquerda do Rio Uruguai, os jesuítas, tendo a colaboração dos indígenas, introduziram a criação de gado, que além de outros municípios, alcançou também o de Lagoa Vermelha. Entretanto, em fase da conquista dos povos das missões, em 1801, os habitantes locais se viram, de um momento para outro sem a assistência de seus protetores, e o gado que tratavam passou a constituir objeto de cobiça dos bandeirantes e de fazendeiros inescrupulosos das regiões vizinhas.
    No correr do ano de 1844, junto com um pequeno conglomerado de habitações modestas, levantou-se humilde capela, que veio a ser inaugurada a 25 de janeiro do ano seguinte. Com a ereção deste templo católico, dedicado ao apóstolo São Paulo, ficou fundada a povoação de Lagoa Vermelha, situada sobre a linha divisória das águas do Rio Pelotas e afluentes do Antas.
    Quando a Lei provincial nº. 185 de 22 de outubro de 1850, criou o município de Vacaria, Lagoa Vermelha passou a fazer parte de deste novo município. Entretanto, uma outra Lei provincial de nº. 1.018, datada em 11 de abril de 1876, inverteu esta ordem de coisas. Lagoa Vermelha foi elevada à categoria de município e o território de Vacaria não mais município, passou a integrar a comuna de Lagoa Vermelha.
O fato, por si, despertou certa rivalidade entre as populações de Vacaria e Lagoa Vermelha, e a reação dos habitantes de Vacaria, repercutindo junto do governo da província, culminaram com a promulgação da Lei de 1º de abril de 1878, que restaurava o município de Vacaria e suprimia o de Lagoa Vermelha, apesar disso, Lagoa Vermelha começava a dar mostras de progresso e desenvolvimento efetivo, no que diz respeito à produção agropecuária. Lagoa Vermelha, foi novamente restaurado como município, pela Lei nº. 1.309, de 10 de maio de 1881. E, em 26 de janeiro de 1883, veio a ser solene e definitivamente instalado, com uma extensão territorial, que se delimitava pelo Rio das Antas e Pelotas. Todo o seu território afora, então, desmembrado do município de Vacaria.
Já na fase republicana, a partir de 15 de abril de 1890, por nomeação do Presidente do Estado, exerceram as funções de Intendentes Municipais os senhores. José Muliterno, Jorge Guilherme Moojen e Napoleão César Bueno. Em 26 de outubro de 1891, foi levada a efeito a 1º eleição municipal para a composição da  Câmara Legislativa, na qual foram eleitos os senhores. Cândido Dias de Carvalho, como Presidente, Zeferino Sales de Bitencourt, como secretário, Afonso Crispim Dias, João Lúcio Nunes, Francisco Gentil e Luiz Alves de Souza Marques. A esta Câmara coube a elaboração da 1º Lei Orgânica do município, promulgada a 4 de setembro de 1892.
Igreja Matriz São Paulo Apóstolo
    O município de Lagoa Vermelha oferece um registro de acontecimentos memoráveis ligados às perturbações políticas e revolucionárias, que abalaram o estado, a partir da última década do século XIX. Como é sabido no ano de 1893. O Dr. Gaspar da Silveira Martins, à frente do partido federalista, sustentava uma luta tenaz contra a situação dominante do Estado. Os chefes federalistas, simultaneamente com o manifesto de 15 de março, vinham invadir o Estado, pela serra de asseguá. A coluna de Gomercindo Saraiva, composta de um efetivo de cerca de 6.000 homens, depois de vários combates tomavam a direção de Lagoa Vermelha. Nesta vila, havia sido organizado, às presas, um corpo provisório, sob a orientação do independente coronel Heleodoro de Morais Branco. Na localidade, o valente capitão Antônio Chachá Pereira já contava com um pequeno, contingente do exército, compreendendo apenas 300 homens de infantaria.Num verdadeiro lance de heroísmo e audácia, logo que teve conhecimento da aproximação de Gomercindo Saraiva, o valoroso capitão Chachá, com seu pequeno grupo, decide interceptar a marcha das tropas inimigas, em defesa da vila. Nas proximidades da serra do Mato português, estoura a célebre encontro entre 300 homens de infantaria e 6.000 homens de cavalaria. Gomercindo Saraiva, em face de tão grande superioridade numérica, consegue finalmente ocupar a vila. Mas, só o fez, depois de haver enfrentado uma das mais sérias resistências de sua jornada, contra uma reduzida coluna de homens denodados, que não consegui eliminar.
    Não demoraria muito, Lagoa Vermelha voltaria a viver dias de heroísmo, de sangue e de bravura indômita. Em 1º de novembro daquele mesmo ano a vila foi totalmente envolvida pelas forças federalistas, comandada pelos coronéis Córdova Passos, Manduca Gregório, José Chicuta e outros.
    A população toda se mobilizou, com os recursos de que dispunha, para resistir a todo custo. O adversário contava com mais de 900 homens, e os defensores da vila somavam poucos mais de 200. Deu-se o ataque encarniçado, entremeado de lances de emocionante bravura, da parte da população cercada. Os locais, sob o comando do coronel Heleodoro de Morais Branco e sob a assistência do Dr. Manoel André da Rocha, juiz de comarca, resistiram denodadamente à tremenda carga adversa, que se prolongou até o raiar do dia 4 de novembro, quando as forças republicanas provenientes de Vacaria, acudiam para a defesa da vila.
    Durante o ano de 1923, quando das acirradas lutas políticas determinadas pelas sucessivas reeleições do Dr. Antônio Augusto Borges de Medeiros, Lagoa volta a ser palco de acontecimentos memoráveis. Uma coluna revolucionária, sob o comando do general Felipe Nery Portinho, a 5 de março de 1923, vinha ocupar a vila Paim Filho, então 8º distrito de Lagoa Vermelha. Logo que chegou a sede municipal a noticia da ocorrência, a população, num movimento incontrolado de pânico, sob a impressão de que as força revolucionárias para aí se dirigiam, procurou fugir para localidade fora da área de perigo imediato. Somente permaneceu na vila, despreocupados aqueles de que eram partidários da facção "libertadora". Entretanto, o general Portinho tomara caminho diverso. A notícia alarmante havia sido falsa. O governo do Estado, diante dos graves acontecimentos, ordenou a mobilização das forças provisórias nos municípios de Vacaria e Lagoa Vermelha. A 13 de setembro, nas proximidades de Erebango, tratava-se violento encontro entre o 1º corpo da Brigada do Norte, proveniente de Passo Fundo, e as forças do General Portinho. Após esse combate, a coluna revolucionária toma rumos desconhecidos e sugere, ameaçadoramente, contra Lagoa Vermelha, no dia 20 de setembro. A vila, que se encontrava sem a proteção de sua Brigada de quase 3.000 combatentes, foi irremediavelmente ocupada. No dia imediato, no entanto, os revolucionários, depois de efetuarem várias depredações, abandonaram a vila e prosseguiram em direção a Vacaria...
    Situado na região Serrana e percorrida pela coxilha grande, o município de Lagoa Vermelha compreende um território caracteristicamente ondulado, onde predomina os campos de criação, ao lado de bem desenvolvida cultura agrícola.
    Uma lagoa existente nas proximidades da sede municipal, cuja composição de argila da uma coloração avermelhada as suas águas, foi a origem do toponímico que traz o município.
Fonte: - "Torrão Amado" Demétrio Dias de Morais.
        - "O Rio Grande do Sul" Alfredo R. da Costa
          http://www.lagoavermelha-rs.com.br

sábado, 7 de janeiro de 2012

Moção de Louvor

Foto: Assessoria Imprensa Câmara
Recebi no dia 19 de Dezembro de 2011, na Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Vereadores, por indicação do Vereador Presidente Wendel Vilela, Moção de Louvor, pela Organização do XXI Tchêncontro da Juventude Gaúcha e do 45º Aniversário do MTG, que realizamos em Canguçu, no final do Outubro último, onde tive o privilégio de Presidir a Comissão Executiva.
Agradeço a Câmara Municipal pelo reconhecimento deste trabalho que externo a todos os demais integrantes da Comissão e a toda a Comunidade Canguçu que nos ajudou a realizar o mais evento em representatividade que Canguçu realizou em 2011, com aproximadamente 2.500 visitantes de mais de 200 municipios gaúchos. Canguçu foi sede do MTG por dois dias e abrigou o Rio Grande Tradicionalista.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

São Borja - RS - 1

Presidente Getúlio Vargas

Biografia
Getúlio Dornelles Vargas nasceu em 19/4/1882, na cidade de São Borja (RS) e faleceu em 24/8/1954, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Foi o presidente que mais tempo governou o Brasil, durante dois mandatos. Foi presidente do Brasil entre os anos de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Entre 1937 e 1945 instalou a fase de ditadura, o chamado Estado Novo.
Revolução de 1930 e entrada no poder
Getúlio Vargas assumiu o poder em 1930, após comandar a Revolução de 1930, que derrubou o governo de Washington Luís. Seus quinze anos de governo seguintes caracterizaram-se pelo nacionalismo e populismo. Sob seu governo foi promulgada a Constituição de 1934. Fecha o Congresso Nacional em 1937, instala o Estado Novo e passa a governar com   poderes ditatoriais. Sua forma de governo passa a ser centralizadora e controladora. Criou o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) para controlar e censurar manifestações contrárias ao seu governo. Perseguiu opositores políticos, principalmente partidários do comunismo. Enviou Olga Benário, esposa do líder comunista Luis Carlos Prestes, para o governo nazista.
Túmulo da Familia Vargas
Getúlio aqui esteve sepultado por mais de 50 anos
Realizações
Vargas criou a  Justiça do Trabalho (1939) instituiu o salário mínimo, a Consolidação das Leis do Trabalho, também conhecida por CLT. Os direitos trabalhistas também são frutos de seu governo: carteira profissional, semana de trabalho de 48 horas e as férias remuneradas.
GV investiu muito na área de infraestrutura, criando a Companhia Siderúrgica Nacional (1940), a Vale do Rio Doce (1942), e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco (1945). Em 1938, criou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Saiu do governo em 1945, após um golpe militar.
O Segundo Mandato
Em 1950, Vargas voltou ao poder através de eleições democráticas. Neste governo continuou com uma política nacionalista. Criou a campanha do "Petróleo é Nosso" que resultaria na criação da Petrobrás.
O suicídio de Vargas
Em agosto de 1954, Vargas suicidou-se no Palácio do Catete com um tiro no peito. Deixou uma carta testamento com uma frase que entrou para a história: "Deixo a vida para entrar na História."  Até hoje o suicídio de Vargas gera polêmicas. O que sabemos é que seus últimos dias de governo foram marcados por forte pressão política por parte da imprensa e dos militares. A situação econômica do país não era positiva o que gerava muito descontentamento entre a população.
Mausóleu de Getúlio Vargas
Praça Central de São Borja - R S

Conclusão
Embora tenha sido um ditador e governado com medidas controladoras e populistas, Vargas foi um presidente marcado pelo investimento no Brasil. Além de criar obras de infra-estrutura e desenvolver o parque industrial brasileiro, tomou medidas favoráveis aos trabalhadores. Foi na área do trabalho que deixou sua marca registrada. Sua política econômica gerou empregos no Brasil e suas medidas na área do trabalho favoreceram os trabalhadores brasileiros.
Carreira Política de Getúlio Vargas:
- 1909 - eleito Deputado Estadual no Rio Grande do Sul
- 1913 - reeleito Deputado Estadual (renunciou no mesmo ano)
- 1917 - retornou à Assembléia Legislativa
- 1919 e 1921 - reeleito Deputado Estadual
- 1924 a 1926 - Deputado Federal
- 1926 a 1927 - Ministro da Fazenda
- 1928 a 1930 - Governador do Rio Grande do Sul
- 1930 a 1945 - Presidente do Brasil
- 1951 a 1954 - Presidente do Brasil

domingo, 13 de novembro de 2011

PEJUÇARA - RS

Conhecendo Pejuçara . . .


Aproximadamente no ano de 1900, inicou-se a colonização da área onde hoje está localizado o município de Pejuçara. De origem indígena, o nome significando "ventania", "terra da paz", amizade e boa comida".
 O ar provinciano desta bela colônica italiana que nasceu em 1899, está na religiosidade e simpatia de sua gente. Um lugar onde as pessoas são simples e sabem receber com carinho quem os visita. O baixo índice de criminalidade tornou esta terra conhecida em todo o Brasil, pelo slogan de "Terra da Paz". Em Pejuçara, a paz e a fraternidade estão vivas nas relações das pessoas.
 Seu primeiro nome foi Colônia Visconde de Rio Branco, que virou distrito de Cruz Alta. Em 1938, sua denominação foi alterada para apenas Rio Branco. Outra versão diz que Pejuçara, palavra indígena que significa "Caminho das Palmeiras ou dos Palmitos".
 A primeira presença das famílias de imigrantes italianos, vindo em sua maioria das Colônias Velhas, situadas no Vale do Jacuí e na região da Serra do Nordeste. Alguns aqui chegaram através do tradicional curso migratório, vindos diretamente da Itália.
 O colono fazia um pequeno desmatamento e utilizava ferramentas manuais, contando apenas com a mão-de-obra familiar para erguer um abrigo e limpar a área de lavoura. 
Neste lento processo, muitos homens acabaram recebendo pouco pela produção agrícola (excedente de milho), e foram trabalhar na construção de ferrovias onde a mão-de-obra era melhor remunerada. A colônia sempre cultivou produtos de subsistência que, na relação de troca por manufaturados tinham pouca valorização.



Localiza-se a uma latitude 28 2524 sul e a uma longitude 53 39 21  oeste, estando a uma altitude de 449 metros. Sua população estimada em 2006 era de 4 300 habitantes. Possui uma área de 414,78 km.




domingo, 23 de outubro de 2011

ERECHIM - RS


Prefeitura Municipal de Erechim

Arquitetura clássica de um palácio renascentista, com colunas quase jônicas, balaústres torneados, janelas retangulares, sacadas, janelas em arco que lembram o Renascimento. Prédio construído entre 1929 e 1932, também, internamente conserva suas características em portas, escadarias, floreiras, corrimões e piso.
Uma obra majestosa entre o conjunto de prédios que cercam a Praça da Bandeira, abrigando o Governo Municipal desde sua conclusão. O andar térreo ostenta grades de ferro, tendo funcionado como “cadeia”, a partir de 1932, por alguns anos.


Praça da Bandeira

Construída em 1953, é o ponto central de onde partem dez avenidas: Av. Sete de Setembro, Av. Maurício Cardoso, Av. Uruguai, Av. Salgado Filho, Av. Amintas Maciel, Av. Comandante Kraemer, Av. Tiradentes, Av. XV de Novembro, Av. Pedro Pinto de Souza, Av. Presidente Vargas.  Carlos Torres Gonçalves, ao realizar o traçado da cidade, a denominou “o Coração da Cidade”. Situam-se nela: o mosaico retratando a colonização, com desenho original do Arquiteto Francisco Riopardense de Macedo; o mastro de 35 m com a Bandeira Brasileira de 14 panos, o busto do Presidente Getúlio Vargas com a Carta Testamento, a pira da Pátria e, o mais destacado elemento, o chafariz, em estilo italiano. No seu entorno encontram-se quatro grandes árvores, em canteiros laterais, que compõem um quadro de rara beleza com a praça e os prédios: Prefeitura Municipal, Castelinho, Catedral São José, antigo Fórum e o Instituto Anglicano Barão do Rio Branco.
O mosaico, em petit pavê, homenageia os primeiros colonos que ajudaram a desbravar estas terras. Vestuário e ferramenta, arado e bois, colinas e pinheiros, a imagem retrata a saga e a esperança desta gente.


No centro da cidade, na Praça da Bandeira, podemos encontrar o busto e a Carta Testamento de Getúlio Vargas, inaugurados em 1955;