quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Ruinas de São João Batista

Atual município de Entre-Ijuís

 

A primeira organização urbana ao estilo europeu que ocorreu nas terras entreijuienses foi a Missão Jesuítica-Guarani de São João Batista, fundada em 14 de setembro de 1697, em virtude da explosão demográfica da Missão de São Miguel Arcanjo. Desde esta data o povo de São João desenvolveu a agricultura, construiu seu povoado, esenvolveu-se magistralmente na música atraindo para si índios de várias reduções para instruir-se no canto e em vários tipos de instrumentos. Construiu-se um templo que a julgar pelas plantas da época e mais especificamente pelo relato de seu idealizador o Pe. Antônio Sepp era das mais belas e encantadoras obras arquitetônicas da Província Jesuítica do Paraguai. Também nesta redução temos um fato de fundamental importância, foi aqui que se fundiu o primeiro ferro e aço do sul da América Meridional. Nesta fundição eram construídos sinos, utensílios agrícolas e as ferramentas usadas na fabricação de instrumentos musicais, que eram tão bem executados pelos índios segundo descrição do próprio pe. Antônio Sepp. Na sua fundação, São João Batista contava com 2.832 habitantes; já em 1768 tinha 4.106 habitantes.
Por um longo tempo os Sete Povos das Missões foram administrados por Corregedores nomeados pelos governadores de Buenos Aires, subordinados a Coroa Espanhola. Além dos Corregedores, existiam os Cabildos (semelhante a Câmara Municipal de hoje) que tinham poderes para efetuar a concessão de terras. Aí tiveram origem os latifúndios.
Com a extinção das reduções, já sem jesuítas, índios desgarrados, surgem os Tropeiros e Carreteiros para utilizarem e batizarem o “Passo do IJUÍ”, lugar preferido para “fazerem o meio-dia” ou, o pernoite e depois seguir para o “povo” de Santo Ângelo onde faziam seu comércio..
Em 1824, o governo do Estado mandou para São João Batista diversas famílias de imigrantes alemães que haviam chegado ao Rio Grande do Sul. Os imigrantes não se adaptaram e poucos permaneceram no local. Ficaram residindo no local apenas as famílias de Ernesto Kruel, Carlos Holsbach, Tristão Schmidt. Mais tarde vieram imigrantes italianos e poloneses.
Em 1824, o governo do Estado mandou para São João Batista diversas famílias de imigrantes alemães que haviam chegado ao Rio Grande do Sul. Os imigrantes não se adaptaram e poucos permaneceram no local. Ficaram residindo no local apenas as famílias de Ernesto Kruel, Carlos Holsbach, Tristão Schmidt. Mais tarde vieram imigrantes italianos e poloneses.
A partir daí, começa a história do que hoje é o município de Entre-Ijuís.