sábado, 5 de março de 2011

Rio das Antas - RS



O Rio das Antas tem suas nascentes nos municípios de Cambará do Sul e Bom Jesus, no extremo leste do Planalto dos Campos Gerais.
Nas proximidades do município de São Valentim do Sul, o rio das Antas recebe as águas do rio Carreiro e então passa a se chamar rio Taquari. Das nascentes até receber o nome de Taquari, o rio das Antas percorre um percurso total de 390 Km.
A bacia do rio das Antas pode ser dividida, segundo critérios geomorfológicas e hidrológicas, em dois trechos:
- das nascentes até a foz do rio Quebra-Dentes (183 km de extensão); e
- da foz do rio Quebra-Dentes até a foz do rio Guaporé (207 km de extensão).
A Ponte Ernesto Dornelles, mais conhecida como Ponte do Rio das Antas, é uma obra que chama muita atenção pela beleza e grandiosidade. Na visão da engenharia é destaque pela sua geometria em arcos paralelos, e pelas soluções adotadas com os recursos da época.
Situada na RST-470 entre Bento Gonçalves e Veranópolis, no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, a Ponte tornou-se uma necessidade para a população local, que fazia a travessia do rio com balsas de madeira. Um problema que se enfrentava quando o nível do rio estava cheio, diz respeito à dificuldade da travessia da balsa, pois a correnteza da água tornava-se muito forte.

A ponte do Rio das Antas possui um vão livre em 186 metros, 287,7 metros de extensão e uma altura de 46 metros. Foi a maior ponte construída na época, em toda a América.
Durante todo o período de construção da ponte foram empregados uma média de 150 homens em atividade, em, mais ou menos, 800.000 horas de trabalho. Neste período, existia um canteiro de obras próximo ao local da construção da ponte e um alojamento dos trabalhadores, que na sua grande maioria tinha vindo de outras localidades.
Inaugurada pelo governador do Estado, Ernesto Dornelles, em 31 de agosto de 1952, a ponte era a terceira do mundo em arcos isolados e a primeira ponte com arcos paralelos do mundo. "A obra era de tal envergadura, que se tornou o símbolo do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer)", revela o Engenheiro José Augusto Oliveira. A cerimônia de inauguração contou com a presença de várias autoridades. Após a cerimônia, o tráfego na ponte foi liberado oficialmente marcando o início de um período de desenvolvimento para a região.

Apesar do longo período de construção (um total de 10 anos) e de todos os problemas enfrentados, não há duvidas que a Ponte do Rio das Antas é uma obra de arte que ficou totalmente inserida nas paisagens locais. E é motivo de orgulho para os moradores da serra, a quem trouxe progresso e desenvolvimento.

Hoje, a Ponte é cartão postal das cidades de Veranópolis e Bento Gonçalves e é alvo de muitos turistas e curiosos, além de ser destaque na área da engenharia pelas técnicas e recursos utilizados.

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